Participaram da discussão travada na Câmara representantes de diversos setores do Governo, além do chefe de gabinete da SDSCJ, Cláudio Carraly, dos secretários executivos da secretaria, Anelena Alameida (Governo Presente), Socorro Araúlo (Assistência Social), Suelly Cysneiros (Sistema Socioeducativo) e Sérgio Moura (Segmentos Sociais), e técnicos das instituições representadas. O evento ocorreu no auditório do Ministério Público de Pernambuco, tendo os participantes sido recebidos pelo promotor Luís Sávio. 

 

Sávio defendeu a importância de realização de um trabalho conjunto envolvendo também os municípios. Por outro lado, chamou a atenção para o fato de que a sociedade também precisa se envolver com o trabalho que está sendo feito pelas entidades públicas.

 

Roberto Franca destacou alguns programas importantes para a redução da criminalidade, desenvolvidos pela SDSCJ, a exemplo do Novas Oportunidades, que ajuda os jovens egressos da Funase a conseguirem trabalho após o cumprimento da pena, evitando que se tornem reincidentes. Também assinalou o programa de Mediação de Conflitos. Atualmente existem 46 mediadores de conflitos nas comunidades que integram o  Governo Presente. Ao longo do ano passado, o programa realizou aproximadamente quatro mil atendimentos. O próximo passo, conforme explicou Anelena Almeida, secretária executiva de Articulação Social, será levar o Mediação de Conflitos para dentro das escolas.

 

Dirigindo-se a Fred Amâncio, Roberto Franca falou da importância da Secretaria de Educação na Câmara de Prevenção Social. Demonstrando sua compreensão a respeito do assunto, Amâncio pediu a Hugo Medeiros, gestor governamental da Secretaria de Planejamento, que expusesse o resultado do levantamento feito em conjunto com as secretarias de Defesa Social e Educação.

 

Ficou claro, que apesar de Pernambuco ser o Estado com menor número de abandono escolar e a menor taxa de reprovação, ainda existem crianças e jovens fora da escola, e que são esses os mais vulneráveis. De acordo com o estudo é incontestável a relação que se estabelece entre os que não frequentam a escola e o envolvimento com a criminalidade.

 

Fred Amâncio aproveitou a oportunidade para explicar que existem 60 mil vagas ociosas nas escolas públicas e que o grande desafio é detectar os meninos que não estudam e motivá-los para retomarem os estudos. Para ele o mais difícil são os meninos que estão fora de faixa, embora para eles existam cursos voltados para jovens e adultos. Ele acredita que os agentes de saúde, que conseguem manter uma relação de intimidade com as famílias, poderiam ajudar muito, convencendo-os a mudarem o rumo de suas vidas. Também acredita que as atividades culturais e esportivas são fundamentais para atrair os meninos para a escola e para isso, pediu a participação das secretarias que cuidam do assunto.